Muita gentinha e alguma gentalha continuam a pensar que meter-se com o Futebol Clube do Porto, diretamente ou por vias travessas, é o código postal para subir de nível nos bastidores ou no palco do futebol.
Ainda não perceberam, tal como o treinador do Benfica não percebeu há semanas, que esse caminho só conduz a um fim: a união do grupo de trabalho. Pôr em causa o clube é acicatar os instintos mais puros dos atletas. Provocar o bom nome da instituição é autocondenar-se à derrota. Que o diga Jorge Jesus!
Mas nem assim!
O Dr. Mário Figueiredo, que ainda não entendeu como chegou ao poleiro, é mais um dos que pensam que meter-se com os dragões vai trazer-lhe dividendos. Estulto, mais um!
E, depois, ficam com cara de Cristos dos Aflitos, a ver bandeiras azuis e brancas a comemorar mais um título...
Será que não existe oposição inteligente ao F.C.Porto?
Já nos bastava que não existisse na política oposição inteligente para acicatar o governo. Também no futebol estamos condenados a um passeio anual pela Liga sem ninguém que se acautele inteligentemente e nos bata o pé? É que com estas virgens ofendidas, estas vacas sagradas da verdade - deles - desportiva, estes atores de ópera bufa, não vamos a lado nenhum.
PS. Alguns me dizem que devia deixar de escrever à volta do futebol, que o futebol não passa de um espaço redutor sem interesse, que estou a perder-me por estes lados. Perdoem-me esses, mas, para mim, ainda que com peneiras académicas, não há melhor espelho sociológico do nosso país do que este fenómeno, alegadamente desportivo, manifestamente uma área de negócio. Ele é o espelho de - quase - todos os nossos complexos atávicos, da inveja ao clientelismo, passando por praticamente todos os escaninhos e alguns paradoxos.
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