O Governo não gosta de ser escrutinado. É atávico nos governos maioritários. E os socialistas têm uma longa carreira nessa contestação às Instituições de Controlo. Não só em Portugal, frise-se!
Mas vejamos: O Tribunal de Contas, liderado, aliás, por um socialista com currículo, põe em causa, frontalmente, o aditamento ao contrato de concessão assinado entre a Administração do Porto de Lisboa e a Liscont (do Grupo Mota-Engil), afirmando que aquele contrato: “não consubstancia nem um bom negócio nem um bom exemplo para o sector público em termos de boa gestão financeira e de adequada protecção dos interesses financeiros públicos”.
O Ministro Mário Lino (sim, o do “jamais”) não gostou e propalou que a auditoria padece de “erros factuais, omissões graves e afirmações infundadas”.
Poderia lá ser de outro modo!
Mas também o PCP não gostou! E refere que “é um contrato leonino que salvaguarda os interesses da concessionária”.
Um pouco como o Bloco de Esquerda, que não deixa de atirar para a liça: “trata-se de um contrato perfeitamente blindado por todos os lados a favor da concessionária”.
Perante tudo isto, cheira a arranjinho, não é?!
Não! Não acredito que o facto de o Dr. Jorge Coelho (sim, esse mesmo, um dos gurus da nova ordem socialista) ser o Presidente da concessionária tenha a ver com a ausência de concurso público e com a evidência de que a Liscont (leia-se Mota-Engil) é a única a lucrar com este aditamento ao contrato que terminava em 2015. Sim, daqui por 6 anos…
Tanta pressa…
Mas, assim, seja qual for o resultado eleitoral para as legislativas, Jorge Coelho (um dos “boys” com um bom “job” garantido pela política) já garantiu a prorrogação… por ajuste directo. Assim, sem mais glosas!
E esta, hein?!
Muda-se o nome do país, dos ministros, das empresas, mas o obetivo é sempre o mesmo: levar alguma vantagem nas negociatas.. tal como aqui no Brasil...sem tirar nem por.
ResponderEliminar