Paulo Rangel, o, até agora, líder parlamentar do PSD, despediu-se dos companheiros de bancada, dos camaradas e dos colegas, de uma forma inédita.
Em contracorrente com as imagens que nos são dadas do debate parlamentar, nada cordatas, muito crispadas e a pisarem o risco do insulto, Rangel – que ganhou, praticamente só, as “Europeias” e não pára de surpreender os observadores políticos – quis deixar a sua marca antes de partir para Bruxelas, ao encontro do Grupo liberal daquela “agorá”.
Em jeito de despedida marcante, não deixou de salientar e assinlar, entre outros deputados, “a cultura lúcida do Fernando Rosas” (BE), “a inteligência ímpar do António Filipe” (CDU), “a dignidade – que faz dele o melhor de todos nós – do Marques Júnior” (PS).
E o Parlamento ia ficando sem palavras! Os próprios visados pareciam não saber muito bem o que responder.
Paulo Rangel, aliás, haveria de declarar ainda que “quis manifestar uma coisa que em termos mediáticos e de opinião pública não está consciencializada: a qualidade de muitos deputados e a forma totalmente dedicada com que exercem o seu mandato”. Segundo ele, “temos um Parlamento com mais qualidade do que se diz”, mas “Portugal tem uma cultura de fascínio pelo executivo, o que significa que é antiparlamentar – os deputados são mal vistos”.
Viva a diferença!
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