sexta-feira, 31 de julho de 2009

Lendo a Imprensa de hoje

“… cartas de Portugal anunciam-me que o quiosque por mim mandado erguer em Sintra, na minha quintarola, … abateu. Três mil e oitocentos francos achatados em entulho. Tudo tende à ruína num país de ruínas. O arquitecto que o construiu é deputado, e escreve no “Jornal da Tarde” estudos melancólicos sobre as Finanças! O meu procurador em Sintra aconselha agora, para reedificar o quiosque, um estimável rapaz, de boa família, que entende de construções e que é empregado na Procuradoria-Geral da Coroa! Talvez se eu necessitasse um jurisconsulto, me propusessem um trolha. É com estes elementos alegres, que nós procuramos restaurar o nosso império de África!” (Eça de Queirós)

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Num país governado por alegado engenheiro, também há o dia 31 de Julho. E, no Ano da Graça de 2009, folheio à vol d’oiseau a imprensa diária deste dia final de Julho.

Fátima Felgueiras, a inegável Presidente da Câmara de Felgueiras, sai ilesa de todos os processos de corrupção ligados à promiscuidade entre a política local (que permanece) e o futebol da casa (que, entretanto, se esfumou, já não há!) e anuncia a sua recandidatura ao trono – ou à cadeira – do Município. Faz aquele ar seráfico com que, aos domingos, desce a Igreja depois de tomar o Senhor, as mãos postas em devoção e declara, então: “Acabou o pesadelo”. É chegada a hora de regressar, limpa e cristã, aos votos do Povo! Viva!

Escreve-se, também, que o F.C. Porto continua sob escrutínio do Ministério Público. Agora, lembraram-se de ir buscar processos de legalização de jogadores estrangeiros, alegadamente facilitados pelos SEF (Serviço de Estrangeiros e Fronteiras). Viva o Correio da Manhã! Como os contornos do casamento de Pinto da Costa com a Filomena já não vendem, saia-se mais uma do FCP! Obrigado, amigos do Correio da Manhã! Quando vão aprender que, quanto mais baterem no clube, mais títulos ele vai ganhar? Que essas notícias só dão força?

Por falar em denúncias, em que o já aludido CM é pródigo, este diário anuncia que Maria José Morgado, depois de pouco ter conseguido contra Pinto da Costa e contra o F.C. Porto, “desviou” os recursos humanos do “seu” DIAP (Departamento de Investigação e Acção penal) para nova auditoria: o pagamento, por parte da Empresa Pública de Urbanização de Lisboa, de 2,2 milhões de Euros a Frank Gehry, o arquitecto canadiano responsável pelo estudo de requalificação do Parque Mayer, que poderão consubstanciar “comissões ilegais”. Dá jeito! Santana Lopes está bem posicionado para varrer da Câmara o socialista António Costa e não convém… Pode ser que um processo, nesta altura, envolvendo o candidato Santana Lopes traga algum oxigénio à esquerda de António Costa, do ex-Bloco de Esquerda Sá Fernandes e de todas as Rosetas da capital.

Ficámos também a saber, hoje, que um terço dos infectados com "gripe A" registados em Portugal são oriundos de Espanha. Já não nos chegavam os Filipes, as multinacionais espanholas, a Iberdrola, a Repsol e quejandos. E se, como diz o povo, “de Espanha, nem bom vento nem bom casamento”, talvez fosse altura de, no meio do ditado popular, metermos uma gripe… Ficaria assim: “De Espanha, nem bom vento, nem boa gripe, nem bom casamento”.

Pois é… segundo dizem as más-línguas, o Novo Estatuto da Carreira Docente poderá ser considerado inconstitucional. Senhora Ministra Maria de Lurdes Rodrigues, obrigado por ter sido tão intransigente. A sua teimosia vai ajudar-me a escolher o meu voto nas Legislativas… quanto mais longe desta política, melhor!

Para terminar, o diário “i” revela: “Média dos exames nacionais desce em metade das disciplinas - Das 27 provas, 18 registaram uma descida das médias face ao mesmo período de 2008”.
Para acrescentar: “Os números revelam ainda que os quatro exames do ensino secundário com mais alunos inscritos tiveram todos médias negativas - Matemática A, Física e Química, Biologia e Geologia e Português. Na disciplina de Biologia e Geologia, a média caiu de 11,4 para 8,8 valores, enquanto a Português se registou uma média de 8,9 valores contra os 11,3 valores da segunda fase de 2008. Na prova de Física e Química A, a média desceu de 9,3 para 8 valores e a Matemática A registou uma quebra de 8,9 para 8,8 valores”.

Bravo, Senhora Ministra! Mais um grande resultado da sua política…

Depois de tudo isto e desta maioria absoluta do PS, vem um tal Nuno Amado, Presidente do Banco Santander Totta, dizer que o País precisa de uma maioria absoluta…
Outra? Por amor de Deus, duas seguidas é muito!
(OBS.: estando os bancos entre as empresas que em Portugal continuam a somar lucros, compreende-se… Este governo continua a ser o abono de família dos grandes negócios bancários. E, como a fiscalização do Banco de Portugal não funciona (lembram-se das audições parlamentares do seu Governador?) há banqueiros que podem entreter-se a brincar aos dinheiros que, quando perdem, o povo paga…).

Vou à praia. Por hoje já chega de incompetência, chicana política e outros tráficos…

É que, segundo o Jornal de Negócios, os hotéis do Algarve estão a fazer descontos de 50%... Viva a crise!

terça-feira, 28 de julho de 2009

a rir nos entendemos...

Quero ir para Portugal...



Uma comitiva do Parlamento Europeu, a convite de Sócrates e da sua Ministra
Lurdinhas, visita uma escola modelo no nosso País maravilha.
Numa sala da primária cheia de jornalistas, a ensaiada professora, com ambição
a uma futura boa avaliação, pergunta aos alunos:


- Onde temos a melhor escola?

- Aqui em Portugal. - Respondem todos.

- Onde temos o Magalhães, o melhor portátil do mundo?

- Em Portugal. - Respondem.

- E onde há os melhores recreios da Europa?

- Aqui em Portugal. - Respondem mais uma vez.

- E onde existem as melhores cantinas, que servem as melhores sobremesas?

- Na nossa Escola, aqui em Portugal!

A professora ainda insaciada, continua:

- Onde é que vivem as crianças mais felizes do mundo?

- Em Portugal! - Respondem os alunos, com a lição bem estudada.

Os tradutores lá iam informando a comitiva estrangeira que abanava a
cabeça, céptica.
Nisto, uma garota no fundo da sala começa a chorar baixinho.
Com as televisões em directo, Sócrates, para impressionar convidados e
jornalistas, pondo-se a jeito para as câmaras, resolve acudir à menina
perguntando-lhe:


- Que tens, minha Menina?

Resposta imediata da menina, soluçando:


- QUERO IR PARA PORTUGAL!!!!!!!!*

domingo, 26 de julho de 2009

Cartas de Amor ou de Separação (só mesmo do Eça)

Quarta Carta a Clara



Minha amiga.


É verdade que eu parto, e para uma viagem muito longa e remota, que será como um desaparecimento. E é verdade ainda que a empreendo assim bruscamente, não por curiosidade de um espírito que já não tem curiosidades – mas para findar do modo mais condigno e mais belo uma ligação, que, como a nossa, não deveria nunca ser maculada por uma agonia tormentosa e lenta.

Decerto, agora que eu dolorosamente reconheço que sobre o nosso tão viçoso e forte amor se vai em breve exercer a lei universal de perecimento e fim das coisas – eu poderia, poderíamos ambos, tentar, por um esforço destro e delicado do coração e da inteligência, o seu prolongamento fictício. Mas seria essa tentativa digna de si, de mim, da nossa lealdade – e da nossa paixão? Não! Só nos prepararíamos assim um arrastado tormento, sem a beleza dos tormentos que a alma apetece e aceita, nos puros momentos de fé e todo deslustrado e desfeado por impaciências, recriminações, inconfessados arrependimentos, falsa ressurreições do desejo, e de todos os enervamentos as saciedade. Não conseguiríamos deter a marcha da lei inexorável – e um dia nos encontraríamos, um diante do outro, como vazios, irreparavelmente tristes, e cheios do amargor da luta inútil. E de uma cousa tão pura e sã e luminosa, como foi o nosso amor, só nos ficaria, presente e pungente, a recordação de destroços e farrapos feitos por nossas mãos, e por elas rojados com desespero no pó derradeiro de tudo.

Não! Tal acabar seria intolerável. E depois como toda a luta é ruidosa, e se ano pode nunca disciplinar e enclausurar no segredo do coração, nós deixaríamos decerto entrever enfim ao mundo um sentimento que dele escondemos por altivez, não por cautela – e o mundo conheceria o nosso amor justamente quando ele já perdera a elevação e a grandeza que quase o santificam... De resto, que importa o mundo? Só para nós, que fomos um para o outro e amplamente o mundo todo, é que devemos evitar ao nosso amor a lenta decomposição que degrada.

Para perpétuo orgulho do nosso coração é necessário que desse amor, que tem de perecer como tudo o que vive, mesmo o Sol – nos fique uma memória tão límpida e perfeita que ela só por si nos possa dar, durante o porvir melancólico, um pouco dessa felicidade e encanto que o próprio amor nos deu quando era em nós uma sublime realidade governando o nosso ser.

A morte, na plenitude da beleza e da força, era considerada pelos antigos como o melhor benefício dos deuses – sobretudo para os que sobreviviam, porque sempre a face amada que passara lhes permanecia na memória com o seu natural viço e sã formosura, e não mirrada e deteriorada pela fadiga, pelas lágrimas, pela desesperança, pelo amor. Assim deve ser também com o nosso amor.

Por isso mal lhe surpreendi os primeiros desfalecimentos, e, desolado, verifiquei que o tempo o roçara com a frialdade da sua foice – decidi partir, desaparecer. O nosso amor, minha amiga, será assim como uma flor milagrosa que cresceu, desabrochou, deu todo o seu aroma – e, nunca cortada, nem sacudida dos ventos ou das chuvas, nem de leve emurchecida, fica na sua haste solitária, encantando ainda com as suas cores os nossos olhos quando para ela de longe se volvem, e para sempre, através da idade, e perfumando a nossa vida.

Da minha vida sei, pelo menos, que ela perpetuamente será iluminada e perfumada pela sua lembrança. Eu sou na verdade como um desses pastores que outrora, caminhando pensativamente por uma colina da Grécia, viam de repente, ante os seus olhos extáticos, Vênus magnífica e amorosa que lhes abria os braços brancos. Durante um momento o pastor mortal repousava sobre o seio divino, e sentia o murmúrio do divino suspirar. Depois havia um leve frêmito – e ele só encontrava ante si uma nuvem recendente que se levantavam se sumia nos ares por entre o vôo claro das pombas. Apanhava seu cajado, descia a colina... Mas para sempre, através da vida, conservava um deslumbramento inefável. Os anos poderiam rolar, e o seu gado morrer, e a ventania levar o colmo da sua choupana, e todas as misérias da velhice sobre ele caírem – que sem cessar sua alma resplandecia, e um sentimento de glória ultra-humano o elevava acima do transitório e do perecível, porque na fresca manha de Maio, além, sobre o cimo da colina, ele tivera o seu momento de divinização entre o mirto e o tomilho!

Adeus, minha amiga. Pela felicidade incomparável que me deu – seja perpetuamente bendita.

Fradique

sábado, 25 de julho de 2009

Menina

Sabe-me a menina
O teu olhar de causas
Essa doçura doada
Esses ideais a florir

Abro o teu olhar
Afeiçoo-me às palavras
Deixo-me ferver
Deixo-me ficar
Sorrio à paixão
Como se as estrelas
Não se escondessem
E fosses o farol
Do meu barco fustigado
E fosses a aura
Onde entrego sem tino
Os afectos que nascem
No meu mundo variado
De sentimentos fundamentais

Vejo-te e voo
Como se me imaterializasse
Como se vivesse lá em cima
Onde não há dor
E tudo se transforma
Em ti, menina

quinta-feira, 23 de julho de 2009

E esta, hein?!

O Governo não gosta de ser escrutinado. É atávico nos governos maioritários. E os socialistas têm uma longa carreira nessa contestação às Instituições de Controlo. Não só em Portugal, frise-se!

Mas vejamos: O Tribunal de Contas, liderado, aliás, por um socialista com currículo, põe em causa, frontalmente, o aditamento ao contrato de concessão assinado entre a Administração do Porto de Lisboa e a Liscont (do Grupo Mota-Engil), afirmando que aquele contrato: “não consubstancia nem um bom negócio nem um bom exemplo para o sector público em termos de boa gestão financeira e de adequada protecção dos interesses financeiros públicos”.

O Ministro Mário Lino (sim, o do “jamais”) não gostou e propalou que a auditoria padece de “erros factuais, omissões graves e afirmações infundadas”.

Poderia lá ser de outro modo!

Mas também o PCP não gostou! E refere que “é um contrato leonino que salvaguarda os interesses da concessionária”.

Um pouco como o Bloco de Esquerda, que não deixa de atirar para a liça: “trata-se de um contrato perfeitamente blindado por todos os lados a favor da concessionária”.

Perante tudo isto, cheira a arranjinho, não é?!

Não! Não acredito que o facto de o Dr. Jorge Coelho (sim, esse mesmo, um dos gurus da nova ordem socialista) ser o Presidente da concessionária tenha a ver com a ausência de concurso público e com a evidência de que a Liscont (leia-se Mota-Engil) é a única a lucrar com este aditamento ao contrato que terminava em 2015. Sim, daqui por 6 anos…

Tanta pressa…

Mas, assim, seja qual for o resultado eleitoral para as legislativas, Jorge Coelho (um dos “boys” com um bom “job” garantido pela política) já garantiu a prorrogação… por ajuste directo. Assim, sem mais glosas!

E esta, hein?!

Afinal, em que ficamos?!

Notícia 1:

“Os hospitais portugueses já tinham sido alertados e desaconselhados pela farmacêutica Roche a usar, em procedimentos oftalmológicos, o medicamento Avastin, que terá provocado uma infecção ocular a seis pacientes na passada sexta-feira no Hospital de Santa Maria e que correm agora o risco de ficarem cegos, noticia a revista “Sábado” na sua edição online.”

Notícia 2:

“Até ao início desta semana, a Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) não tinha sido notificada de qualquer reacção adversa relacionada com o uso do medicamento Avastin (nome comercial), que foi injectado em seis doentes que correm o risco de ficar cegos e estão agora internados no Hospital Santa Maria, em Lisboa. Esta informação foi dada ontem ao PÚBLICO por fonte oficial do organismo público.”

males de quando o improvável acontece

Helena Matos escreveu, no seu artigo de opinião “Crónica de um líder improvável”,

"Setembro 2004 a Julho 2005: José Sócrates, o homem certo no momento certo".


Porra, mas estamos em 2009 e temos de o aturar como Primeiro Ministro…

Segundo o JN

Região Norte entre as mais pobres da UE


Estudo aponta para cerca de um milhão de pobres. Associação Nacional das PME questiona o “desperdício” dos fundos comunitários.

O "Estudo sobre a Pobreza na Região Norte de Portugal", elaborado pelo Centro de Estatística da Associação Nacional das PME e pela Universidade Fernando Pessoa, para a Comissão Europeia, indica que a região Norte é a mais pobre de Portugal e está entre as 30 mais pobres das 254 regiões da UE25, enquanto Trás-os-Montes é classificada como a Sub-Região mais pobre da UE27.

Segundo o mesmo documento, enquanto em 2005/2006 havia cerca de 693 mil pobres na região, em 2009, existia cerca de um milhão "resultado do encerramento de muitas unidades fabris e falência de outras empresas que levaram ao despedimento de milhares de trabalhadores com a consequente redução dos seus rendimentos".

O presidente da Associação Nacional das PME, Fernando Augusto Morais, considerou que as conclusões do estudo são "surpreendentes", tendo em conta o investimento comunitário que foi canalizado para a região, através do Quadro Comunitário de Apoio III.

"No ano 2000, as duas sub-regiões do Minho e Alto Douro e Trás-os-Montes foram identificadas como as mais pobres da UE-15. Por isso, a União Europeia injectou na região Norte cerca de sete mil milhões de euros entre 2000 e 2006 para que houvesse um crescimento de 4,5 por cento neste período, mas não só a região não cresceu como ainda por cima contém a sub-região mais pobre da UE-27", lembrou este responsável.

"O dinheiro investido não atingiu os objectivos", resumiu Fernando Augusto Morais, criticando o "desperdício".

O dirigente considerou que é necessário responsabilizar as entidades responsáveis pela execução destes programas e o Estado e sublinhou que "os contribuintes europeus vão querer saber como foi aplicado este dinheiro".

Fernando Augusto Morais lamentou também o facto de os recursos estarem "concentrados nos mais ricos".

Porto com as duas maiores fortunas nacionais

O estudo refere que, apesar da Região Norte ser a mais pobre do país, é na Área Metropolitana do Porto que se encontram as duas maiores fortunas nacionais (Américo Amorim e Belmiro de Azevedo), bem como empresas líderes sectoriais e mundiais como a RAR e a CIN, a maior associação de grandes empresas do País (AEP) e a maior associação de jovens empresários (ANJE).

O documento questiona ainda a abertura de cinco novos centros comerciais numa região onde existem já 25 destas grandes superfícies, o que "prejudicará o comércio tradicional, bem como o crescimento e o emprego".

"São visíveis situações de pobreza extrema, privação e precariedade", aponta o mesmo relatório, salientando que "a face mais visível desta 'nova pobreza' é o aumento dos pedidos de ajuda alimentar junto das instituições de solidariedade social, muitas vezes, na sombra do anonimato onde se identificam professores desempregados e muitos outros técnicos superiores".

... sobre o novo Conselheiro de Estado

O Prof. Vítor Bento acaba de ser nomeado para o Conselho de estado pelo Presidente da República, em substituição de Dias Loureiro.

Mas quem é este senhor?

Da sua biografia oficial não consta o que a seguir se transcreve, respigado de e-mail que hoje recebi:


«Um dos defensores da teoria do congelamento de salários é o «reputado» economista Vítor Bento. Todos o temos lido, visto e ouvido nos jornais televisões e rádios. O homem não pára. Só que, como diz o nosso povo, «bem prega Frei Tomás: faz o que ele diz, não faças o que ele faz». Então não é que se lhe descobriu a careca. Vítor Bento é um quadro do Banco de Portugal (BP) e actual presidente da SIBS, a sociedade que gere o Multibanco. Está de licença sem vencimento há nove anos, quando os próprios regulamentos do BP estipulam o máximo de três anos. Pois foi promovido por mérito em Maio de 2008, com efeitos retroactivos a Janeiro do mesmo ano. O que se traduzirá em mais 720 euros mensais quando o economista voltar ao banco, com reflexos também no valor da sua futura reforma. Vítor Bento não quer dar o exemplo e começar por reduzir os seus vencimentos (não é gralha, é mesmo no plural)?»

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Humor e política

"É uma prova de vida política", diz Costa

22.07.2009 (Jornal PÚBLICO)


"Já que não têm propostas para apresentar ao concelho, pelo menos que fiquem na história como queixinhas. É quase uma prova de vida política." Foi desta forma que o vice-presidente da Câmara de Gaia, Marco António Costa, reagiu ontem, em declarações aos jornalistas, ao anúncio feito na véspera pela candidatura do socialista Joaquim Couto à Câmara de Gaia. O candidato do PS enviou um pedido de intervenção à Inspecção-Geral da Administração do Território e à Comissão Nacional de Eleições "para apurar os valores envolvidos na fortíssima campanha publicitária da Câmara de Gaia por todo o concelho" e o "gasto de milhares de euros em anúncios de página inteira nos principais jornais nacionais".
Num registo que o próprio reconheceu como "mais sério", Marco António Costa acrescentou: "Não podemos inaugurar o estádio municipal na clandestinidade nem celebrar um protocolo com o Estado na clandestinidade." O autarca justificou, assim, a inserção de anúncios em jornais de expressão nacional, mas não revelou os montantes gastos.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Sem comentários

"Neste sítio um ministro pode ir para a rua por um par de cornos infantis ou por uma piada de mau gosto. As roubalheiras, os negócios escuros, os compadrios, a corrupção a céu aberto e o tráfico de influências, não só são tolerados como premiados nas urnas".
António Ribeiro Ferreira, jornalista, "Correio da Manhã", 20-07-2009

O Público publicou... e eu não comento!

Educação

Escola de Darque passou um aluno com nove negativas e garante que foi a melhor solução

21.07.2009 - 08h24 Alexandra Campos, Andreia Sanches

Negativa a Língua Portuguesa, a História e a Matemática. Negativa também a Geografia, a Físico-Química, a Educação Visual... Feitas as contas, José, chamemos-lhe assim, teve nove negativas em 14 "cadeiras". Tem 15 anos, está no 8.º ano do ensino básico. E a escola passou-o.

Não é caso inédito, mas não deixa de ser raro, como admite Augusto Sá, director do Agrupamento de Escolas de Monte da Ola, em Darque, Viana do Castelo. No final do 3.º período, o conselho de turma reuniu, cada professor deu a sua nota e, no caso de José, o balanço era negativo. Augusto Sá nota, contudo, que para decidir se um aluno "passa" não basta "somar" as positivas e as negativas. "Há um percurso, há um contexto, há uma família..." E a decisão de passar José "teve em conta" tudo isso.

O professor não adianta detalhes, para preservar a identidade do jovem. Limita-se a explicar que ele é acompanhado pelos Serviços de Psicologia do agrupamento desde o 2.º ciclo, que já tinha chumbado uma vez, que vive uma situação "sócio-familiar grave" que se agravou ainda mais este ano.

A lei, continua, é clara: dá margem de manobra às escolas para avaliarem os benefícios de reter um aluno que, como é o caso, frequenta um ano intermédio (o 3.º ciclo do ensino básico só termina no 9.º ano) da escolaridade obrigatória. Independentemente do número de negativas.

Resultado: o conselho de turma entendeu que o melhor para o aluno seria transitar. E decidiu que o jovem irá frequentar no 9.º ano um curso de Educação e Formação, que o prepara para a vida activa e "que tem características especiais" - "ele tem capacidades, mas o contexto sócio-familiar não tem permitido que evolua e acreditamos que, com acompanhamento, atingirá os objectivos", diz Augusto Sá.

Em casos destes, admite, os conselhos de turma preferem, por vezes, fazer subir administrativamente as notas dos alunos, para que na pauta do final do ano, que é pública, não apareça preto no branco uma decisão que causa estranheza na comunidade. Mas a escola decidiu assumir a decisão.

O caso foi, contudo, lido em alguns blogues de professores como um exemplo de facilitismo. "Sim, viram bem: a criatura teve 9 negativas e, mesmo assim, TRANSITOU", lia-se no Movimento Mobilização e Unidade dos Professores.

João Dias da Silva, secretário-geral da Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (Fne), não conhece o caso, mas vai dizendo que não tem especial simpatia por uma lei que permite que um aluno passe com várias negativas. Admite, contudo, que tem de haver excepções. E dá exemplos de casos que já apareceram em conselhos de turma em que participou: "Uma separação familiar, a morte de um irmão, de um pai..."

Certo é o que diz o despacho normativo n.º 50/2005: "A retenção deve constituir uma medida pedagógica de última instância". É essa a regra pela qual devem guiar-se as escolas. O balanço feito no mês passado sobre a forma como estão a decorrer os planos de acompanhamento destinados a alunos que ficaram retidos mostrou que mais de 40 mil foram abrangidos mas 25 por cento chumbaram ainda assim.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Respigando do PÚBLICO

"Temos de restaurar o bom nome da democracia"


"Impor a democracia é uma contradição nos termos, mas a democracia tem de continuar presente na política externa americana. A América não dispensa parcerias, mas as parcerias são uma rua de dois sentidos."

(Madeleine Albright, a primeira mulher a exercer o cargo de secretária
de Estado, na Presidência de Bill Clinton)

Afinal, em que ficamos?!

Guerra nas telecomunicações

Zon apresenta queixa contra campanha do Meo Fibra
20.07.2009 - 10h12
Por Lusa

A Zon TVCabo apresentou sexta-feira uma queixa ao organismo que regula a publicidade contra a campanha do Meo Fibra, da Portugal Telecom (PT), considerando que esta viola os princípios éticos basilares da comunicação comercial.

A campanha do Meo Fibra "viola frontalmente os princípios da legalidade, honestidade, veracidade e leal concorrência", acusa a Zon, na parte da queixa apresentada ao Instituto Civil para a Autodisciplina da Comunicação Comercial (ICAP) a que a agência Lusa.

A Zon acusa a PT de na sua campanha publicitária sobre a oferta de serviços assentes em rede de fibra óptica esquecer os princípios do código de conduta do ICAP, organismo do qual as duas operadoras são sócias.

Na semana passada foi a PT que acusou a Zon de desenvolver uma "campanha publicitária enganosa, desleal e desonesta", colada "de forma notória e evidente ao investimento da PT na rede de fibra", tendo-se queixado também ao ICAP. A PT pediu, na altura, a proibição e cessação imediata de toda a publicidade da Zon TVCabo sobre produtos e serviços da 'Zon Fibra', referindo também que a rede da sua concorrente é uma rede híbrida, numa queixa que a Zon recebeu com "estupefacção".

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Quem engana quem?

Provedores?! Não, obrigado!

Por princípio, gosto do PÚBLICO.

E, também por princípio, desconfio dos provedores, aqueles senhores, alegadamente supra partes, a quem podemos dirigir-nos “para defendermos os nossos direitos, liberdades, garantias e interesses legítimos”.

Ou, se não desconfio, equaciono amiúde a seu papel de regulador.

Muita parra e pouca uva!

Mas, porque é comum dizer-se que somos mais exigentes com aquilo (ou aqueles) de que (quem) gostamos, confesso que sou exigente com este jornal.

Vamos, então, ao n.º 7047 desta publicação, nas bancas em 19 de Julho, domingo.

Pelos vistos, os trabalhos superlativos deste jornal obedecem – quase todos – ao Código Deontológico dos Jornalistas Portugueses e ao Livro de Estilo do PÚBLICO.

O que não tem nada de transcendente! É o mínimo que poderia exigir-se a um jornalista.

Mas o Senhor Provedor do leitor daquele periódico encontrou dois pecados infames. “O Provedor sentiu o mesmo desconforto do leitor”, escreveu o Sr. Joaquim Vieira, detentor do título de defensor dos meus direitos, liberdades, garantias e interesses legítimos, naquele jornal.

Para ele, uma jornalista pode pagar uma viagem aos Estados Unidos, pode comprar no site da Amazon um Kindle (que, pelos vistos, é um leitor de e-books, livros electrónicos para quem sabe), mas pode questionar-se se ela vier a escrever que adora o produto. Porque pode estar a ser parcial. Ainda que obedeça às disposições sobre a objectividade jornalística (“pluralidade de fontes, investigação cuidada”), como determina o Livro de Estilo.

Claro que a jornalista em causa argumentou – e bem – com a sua colaboração ao nível das novas tecnologias, soube demonstrar que sabe do que fala, e mostra outro aspecto muito importante da nova informação: há gente que, em aproveitamento peregrino das portas franqueadas de alguns meios de comunicação, se permite criticar, se dá ao luxo de dar lições de ética, se assume como reserva da moral de uma sociedade cada vez mais centrada no umbigo de cada um.

Tenho por princípio ler todos os comentários às notícias que leio online. E pasmo com a desfaçatez de tantos, com a ingenuidade de uns poucos, com a cretinice da maior parte, que sabe tudo, perora sobre tudo e crucifica, alarvemente, quem faz do jornalismo a sua missão.

Mas o pior é quando um Provedor do Leitor gasta três quartos de página a brincar às grandes causas por causa de um Kindle, que, pelos vistos, é um belíssimo e aconselhável acessório audiovisual.

Já agora, por que razão o Senhor Provedor se preocupa tanto com a definição dos “targets” das revistas para crianças, dando-lhe mais crédito do que à jornalista que defende a sua posição (e dá a mão à palmatória por um erro)?

Não seria aconselhável que o Provedor instigasse a leitora a usar o termo “alvo”? É que “target”, não obstante o abuso de termos importados, a caminho da institucionalização definitiva, não é português…

Ah! Vou ler o Livro de Estilo! Pode ser que aconselhem o uso de termos ingleses, mesmo quando exista um termo mais adequado em vernáculo.

Gostei, no entanto, da “caixa” sobre a concordância – ou falta dela – em alguns escritos do jornal, embora me pareça abusiva e leviana a forma como trata os “distraídos”: “Por que será que, tão amiúde, os jornalistas não acertam na concordância entre sujeito e predicado em casos de género (masculino / feminino) e quantidade (singular / plural)? Parece que suspenderam a frase a meio para tomar um café ou fumar um cigarro e, no regresso, continuaram a escrever sem ler o que estava atrás…

Provedores?!
Não, obrigado!

quarta-feira, 15 de julho de 2009

NÃO SEI SE VAIS PODER FICAR HOJE

Corri atrás
Emaranhei no sonho
Persegui
Troquei olhares
Desencadeei emoções
Enchi-me de sombra
Embebedei-me e sofri
Repeti porquês

Fui amante virtual
Encontro de ocasião
Morada de telemóvel
Amigo de copos
Confidente de corações

Padrasto e pai
Filho e enteado
Wonderful love
Mon amour du coeur
Bastard I hate you

Te quiero mucho
Desgraciado te mato
Doce de coco
Água do mar
Infinito e caduco

Escrevi poemas em corpos maduros
Dei-me, fundi-me, fui e vim
Permaneci só porque não encontrei
E se encontrei não quiseram
Quem quer ser poema hoje
Fundir-se em rimas e sentir-se estrofe
Ser modelo e despir-se de enredos
Arrancar a máscara e ficar nua
Soltar o cabelo e entregar-se
Ser livro e deixar-se ler como quem ama
Ser pauta e clave e música e compasso

Não sei porquê
Deitei-me com o sol esta madrugada
A viagem à capital foi longa de hiatos
E risos e noite e copos e olhos verdes
E amigos e não vás e fica porque vais agora
E vim com a luz a despertar no horizonte
E quis deitar-me e não pude o sono voara

Porque hoje são as últimas linhas que escrevo
A última música que oiço, os últimos sentidos que verto
Amanhã, mais um ano terá passado
- Parabéns a você, estás muito bem
- O bigode quase branco é que destoa
- Gosto desse teu ar de poeta excêntrico e irreverente
- Não acredito, são mesmo cinquenta e alguns
Ainda ontem trocávamos beijos às escondidas
Jogávamos à cabra-cega, ao mata,
Soletrávamos juntos a palavra amor
Jurávamos paixão até á morte e continuamos vida

E estamos juntos, é verdade
Quando tu e eu fazemos anos
E temos necessidade de jurar de novo
Pelo menos até ao ano, na minha ou na tua
E há sempre amigos novos desse ano
Que olhamos com ciúme
- É muito interessante a tua amiga
- Onde desencantaste este, agora, que me bebe o whisky todo
E vamos ou ficamos conforme a casa
Ou foram todos e ficámos

- Amanhã vais conhecer uma nova amiga
Traz sóis no cabelo, mel no poema
Ideais e sonhos a realizar
- Gostas dela? Como a conheceste?
- Gosto dela, não a conheço, mas acalma-me
Traz-me vidas, reconheço a sua voz no vento
Faz-me acordar
- Não sei se vou gostar, traz-me perigos
- Não vamos discutir, tu chamas-te simplesmente solidão
- Por isso mesmo... Não gosto de ser incomodada
Se quiser ficar, quero ficar
- Então fica, mas deixa-me ver o mar... Quero barulho
E sal e água e nevoeiro e luz e chuva.


Não sei se vais poder ficar hoje...

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Era uma vez o princípio de tudo!

Entro em ti na manhã dos sonhos mal dormidos
Onde não largaste de mim.
Encontro-te na esquina da fantasia
As desoras não se recuperam em manhãs de sol
Até porque os teus lábios quentes permanecem
Balançando em mim as reminiscências da paixão
Do primeiro beijo
Embora eu queira que seja sempre o primeiro beijo.

Em mim está ainda a tua pele de veludo frio
Que aperta o calor reencontrado da minha
Que passeia como se fosse a sua casa
As mãos que nos conduzem na paisagem urbana do entardecer
Entre o rio e o mar, as casas e a margem, os pescadores.

Cheiro a ti como se os teus poros fossem agora meus
Como se os meus se fundissem nos teus
Como se fôssemos a essência, o longo perfume da vida.

Quero-te como se a metafísica do olhar nos empurrasse
Decidida.
Desejo-te como se não houvesse balizas
Não houvesse limites
Não houvesse o longo estertor dos sentidos outrora partilhados
Cada um na sua vida, cada um nas suas vidas

Perco-me então na quimera do teu olhar
E escrevo

Confesso!

Confesso!

Sobre os olhares, com olhar em frente, real ou virtual, confesso: sou de olhares. Intrinsecamente. De preferência, verdes, com fundo moreno! Ou negros! Mas não desdenho nenhum olhar que me faça perder, se for intenso. Gosto de janelas enormes, mesmo as da alma.

Gosto do azul. Primus inter pares. Seja céu ou mar. Ou estandarte de emoções.

Mas também gosto que componham as minhas cores, ao sabor das utopias, e de alguns mistérios.

Já fui de cinzentos. Pretos e brancos. Separados ou misturados, em miscigenação. Tenho atrás de mim uma história de ausências. De partidas. De dores intensas e imensas. De espadas do tempo ceifando as minhas vidas, as úteis e as dos afectos. Avós, pais, tutores, tudo essa espada levou na madrugada da vida. Por isso, o cinzento da saudade irreversível. Incontida. O reavivar dos rostos que não voltam mais, mas estão em carne viva, aqui, cá dentro, misturados com lágrimas.
Mas sou de tonalidades quentes! O vermelho da paixão, do amor, esses fogos que ardem sem se ver.

Mas sou de tons frios. Indiferente e de indiferenças.

Sou branco, de facto e intencionalmente. Porque assumo as imperfeições do olhar. Se o olhar fosse perfeito, nunca veria o arco-íris num aglomerado de gotas transparentes, trespassadas pela luz solar. Porque a transparência é incolor.
Se o meu olhar fosse perfeito, a experiência da Física, que demonstra que todas as cores em movimento circular me dão a ilusão de branco, seria um fracasso. Porque continuaria a ver todas as cores, a rodarem, imensas, e não esse círculo branco, uniforme.

Talvez por isso, goste do mistério. Talvez por isso, tenha de cerrar os olhos à luz intensa. Talvez por isso o pôr-do-sol seja a matriz da beleza incondicional. Talvez por isso, todos os amantes sonhem com a primeira madrugada, o primeiro sol a nascer, com eles juntos, embrulhados em mantas, no banco da frente de um “carocha”, à espera do Nescafé com “I can see cleary now”, em fundo.

Mas nunca terei visto todas as cores. Sou insatisfeito, quererei, sempre, o novo. Cores novas, intensidades novas nos sentimentos. E o “desejo de provar novas cores” será sempre um hino à intensidade e a esta ânsia humana de chegar à perfeição, sabendo que ela é impossível. Porque, se fosse possível, saberia onde está e não a perderia tão amiúde.

Gosto de uma imagem de paleta de cores, colorindo o branco intenso. Essa assunção de que persigo o infinito no finito da mente, com os olhos infinitos dos sonhos. Desenhando quimeras em fundo de ficção.

Mas estarei, sempre, mais perto da perfeição, se for capaz de fechar os olhos, determinadamente, e conseguir ver, com os olhos de dentro, a grandeza perseguida. Porque só sinto, de facto, de olhos fechados. E a verdadeira química é transcendente. Quase metafísica.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Não resisti!

Esta, recebi por mail e não resisto a transcrevê-la...
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AH GANDA SÓCRATES...

O novo estádio da cidade de Al-Kahder, nos arredores de Belém, na Cisjordânia, cuja construção foi financiada por Portugal, através do Instituto Português de Cooperação para o Desenvolvimento, vai ser inaugurado na próxima segunda-feira. O recinto custou dois milhões de dólares, tem capacidade para seis mil espectadores, é certificado pela FIFA e dispõe de piso sintético e iluminação. A cerimónia de inauguração abrirá com uma marcha de escuteiros locais, conduzindo as bandeiras de Portugal e da Palestina, e a execução dos respectivos hinos nacionais.
Já fechámos urgências, maternidades, centros de saúde e escolas primárias, mas oferecemos um estádio à Palestina.
Devíamos fechar o Hospital de Santa Maria e oferecer um pavilhão multiusos ao Afeganistão. A seguir, fechávamos a cidade universitária e oferecíamos um complexo olímpico (também com estádio) à Somália e, por último, fechávamos a Assembleia da República e oferecíamos os nossos políticos aos crocodilos do Nilo.

DIVULGUEM PARA SABEREM O QUE FAZ O GOVERNO COM OS NOSSOS IMPOSTOS !!!!!!!!!!

segunda-feira, 6 de julho de 2009

o meu país

O meu país, outrora de marinheiros, tenta matar polícias, à traição, à entrada de um bairro.
O meu país, outrora de respeito, vê polícias a comandar assaltos violentos à mão armada.
No meu país, outrora solidário, há escolas oficiais que rejeitam alunos por serem pobres.
No meu país, outrora marialva, ainda há maridos que matam os amantes das mulheres.
No meu país, outrora sei lá de quem, há militantes que invectivam os líderes partidários porque estes não os deixam concorrer, indistintamente, a todas as listas de todas as eleições, num corrupio de dança de interesses pessoais.
Ora, se tenho um país assim, tão completo, para quê escolher outro?
O meu país é um exemplo de evolução!

PS. Hoje, em Madrid, onde lhe vão pagar uma fortuna todos os dias dos próximos anos, um português vai juntar - pelo menos - oitenta mil espanhóis a venerarem o seu nome. A idolatrarem-no!

Ah! O meu país!

sábado, 4 de julho de 2009

in EXPRESSO: MARIA JOÃO PIRES VAI RENUNCIAR À NACIONALIDADE PORTUGUESA

Aos 65 anos, a pianista Maria João Pires vai renunciar à nacionalidade portuguesa, passando a ser brasileira, avançou hoje a Antena 2 . De acordo com a RDP , a artista está saturada dos "coices e pontapés que tem recebido do Governo português".

A pianista diz-se decepcionada com a forma como tem sido tratada, principalmente no que diz respeito ao Projecto Educativo de Belgais, que desenvolveu no concelho de Castelo Branco e o qual abandonou em Junho de 2006. A pianista optou posteriormente por ir viver para o Brasil, onde estabeleceu residência, obtendo a dupla nacionalidade.

Segundo o jornal Público, a decisão de renunciar à cidadania portuguesa foi revelada ontem pessoalmente ao jornalista da Antena 2, Paulo Alves Guerra, numa conversa que ambos tiveram num centro comercial de Lisboa.

Viva a diferença

Paulo Rangel, o, até agora, líder parlamentar do PSD, despediu-se dos companheiros de bancada, dos camaradas e dos colegas, de uma forma inédita.

Em contracorrente com as imagens que nos são dadas do debate parlamentar, nada cordatas, muito crispadas e a pisarem o risco do insulto, Rangel – que ganhou, praticamente só, as “Europeias” e não pára de surpreender os observadores políticos – quis deixar a sua marca antes de partir para Bruxelas, ao encontro do Grupo liberal daquela “agorá”.

Em jeito de despedida marcante, não deixou de salientar e assinlar, entre outros deputados, “a cultura lúcida do Fernando Rosas” (BE), “a inteligência ímpar do António Filipe” (CDU), “a dignidade – que faz dele o melhor de todos nós – do Marques Júnior” (PS).

E o Parlamento ia ficando sem palavras! Os próprios visados pareciam não saber muito bem o que responder.

Paulo Rangel, aliás, haveria de declarar ainda que “quis manifestar uma coisa que em termos mediáticos e de opinião pública não está consciencializada: a qualidade de muitos deputados e a forma totalmente dedicada com que exercem o seu mandato”. Segundo ele, “temos um Parlamento com mais qualidade do que se diz”, mas “Portugal tem uma cultura de fascínio pelo executivo, o que significa que é antiparlamentar – os deputados são mal vistos”.

Viva a diferença!

Ficaram muito mal na fotografia

Não entendo tanta polémica à volta de frases lapidares de figuras públicas deste “jardim à beira-mar plantado”.

A culpa é da promiscuidade! Se não houvesse o, quiçá demasiado, relacionamento entre deputados de todos os quadrantes (“onde todos os cruzamentos são possíveis”), como diz António Filipe, Manuel Pinho não teria conhecimento dos apêndices, mais ou menos afiados ou armados, do deputado a quem dirigiu o gesto assertivo que fez as delícias fotográficas em todo o mundo. E que levou à sua demissão imediata por parte do Primeiro-ministro. O mesmo Primeiro-ministro que chama ignorantes e desonestos aos deputados, mas tratando-os por “senhor”…, ou, como diz Luís Filipe Menezes, "Chamar ladrões uns aos outros, fazer insinuações sobre a idoneidade das pessoas, isso deixa-se passar".

Pinho não é a primeira figura pública a “passar-se”. Pinheiro de Azevedo, lembram-se, quando foi apelidado de fascista, não hesitou em responder: “Bardamerda para o fascista”. E ninguém o demitiu. Aliás, a maioria apoiou, e a frase ficou na história.

E o próprio ex-Presidente da Assembleia Geral do Benfica, Manuel Vilarinho (que às tantas representava mais portugueses que o Governo de Sócrates), questionado sobre uma hipotética contestação judicial às eleições, atirou com aquele ar de sobriedade avermelhada que lhe é intrínseca: “Estou-me cagando”. E o jornalista riu!

É o “direito à indignação”, tão profusamente aconselhado pelo maior guru do socialismo português, Mário Soares. Ou a voz do povo: “Quem não se sente não é filho de boa gente”.

Uma hipocrisia é o que é!

Se “a ocasião faz o ladrão”, pode também fazer o “vilão”, a “demissão”…
(Só uma pergunta, porque “só a verdade é revolucionária”: afinal, o Ministro conhece, ou não, os apêndices de Bernardino? E a sua demissão foi, ou não, ordenada por outros que, mais cedo ou mais tarde, poderiam vir a ser mimoseados com o mesmo gesto, e havia que prevenir?).

Mas João Soares tem razão quando refere que, oxalá, o gesto não caia na cabeça do PS nos próximos actos eleitorais.

Ficaram muito mal na fotografia!

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Viva Luís Filipe Vieira!

O Senhor Professor Doutor em Sociologia, arvorado em ministro trauliteiro, disse um dia que gostava “era de bater na Oposição”.

E criou escola!

Eu, com este jogo de palavras que a vida me deu, gosto de bater, entre outras coisas, no Benfica. Claro que, com o Luís Filipe Vieira, a sua imensa sabedoria, o inequívoco dom da palavra e a inteligência emergente, já não “dá pica”...mesmo quando ele próprio gosta de bater na “garotada”, utilizando o elevadíssimo léxico com que a Natureza o presenteou.

Mas, se o homem quer continuar a apanhar nas orelhas, que vamos nós, portistas, fazer? Fazemos-lhe a vontade e malhamos nos "lampiões"...

Um tal de Miguel Góis, a escrever no Record, ofereceu aos leitores daquele diário este naco de prosa: "O Benfica é assim. Normalmente, os inimigos de um clube são sócios e dirigentes de outros clubes. Menos no caso do Benfica, cujos principais adversários são associados do clube. O Benfica é tão grande, tão grande que até há lá espaço para os antibenfiquistas. Acontece que, com o Pinto da Costa, podemos nós bem; os Vales Azevedos e os Brunos Carvalhos é que são verdadeiramente perigosos, porque minam por dentro."

Ora, para quem diz que o Benfica é o mais democrático dos clubes portugueses, tratar assim a oposição é um pouco bizarro. Um maniqueísmo com tanto de arrogante como de pouco inteligente. Aliás, pelos vistos, os putativos candidatos que foram afastados pelo golpe palaciano dos Corpos Sociais do SLB são tão sócios como Luís Filipe Vieira e seus acólitos de conjura interna.

E, se são “garotos” e andam á procura de protagonismo, nada mais fazem do que o que já fizeram outros, o candidato da Lista A incluído, nesta guerrinha de interesses pessoais.

Eu, por mim, aposto em Luís Filipe Vieira. Assim como assim, sem chicotada psicológica, já posso sonhar com novo título para o meu clube. E serão cinco, seguidos.

Pode não ter o mesmo sabor de outros tempos, mas faz história! E, daqui a uns anos, eu serei o primeiro subscritor de uma candidatura de Luís Filipe Vieira a “Dragão de Oiro”. Ele merece por tudo o que tem feito pelo F.C. Porto ao longo da sua vida de dirigente do futebol. Na Luz como em Alverca!

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Sem muitos comentários...

Alípio Matos: “Foi o título da vergonha”

O técnico da equipa do Restelo, Alípio Matos, admitiu, no final do jogo, vir a abandonar a modalidade. “Foi uma luta inglória, sinto-me cansado de lutar contra coisas que são superiores ao jogo e à equipa do Belenenses”, disse.

«Foi o título da vergonha para algumas pessoas. Não me revejo neste tipo de situações. Se admito abandonar o futsal? Nesta altura, digo que sim. Sinto-me a mais. O Belenenses merecia muito mais respeito. Os meus jogadores foram sensacionais», afirmou o treinador do Belenenses.

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Tal como vem pespegado em "O Jogo"...

Transparência?!
Voilà!