quinta-feira, 9 de julho de 2009

Era uma vez o princípio de tudo!

Entro em ti na manhã dos sonhos mal dormidos
Onde não largaste de mim.
Encontro-te na esquina da fantasia
As desoras não se recuperam em manhãs de sol
Até porque os teus lábios quentes permanecem
Balançando em mim as reminiscências da paixão
Do primeiro beijo
Embora eu queira que seja sempre o primeiro beijo.

Em mim está ainda a tua pele de veludo frio
Que aperta o calor reencontrado da minha
Que passeia como se fosse a sua casa
As mãos que nos conduzem na paisagem urbana do entardecer
Entre o rio e o mar, as casas e a margem, os pescadores.

Cheiro a ti como se os teus poros fossem agora meus
Como se os meus se fundissem nos teus
Como se fôssemos a essência, o longo perfume da vida.

Quero-te como se a metafísica do olhar nos empurrasse
Decidida.
Desejo-te como se não houvesse balizas
Não houvesse limites
Não houvesse o longo estertor dos sentidos outrora partilhados
Cada um na sua vida, cada um nas suas vidas

Perco-me então na quimera do teu olhar
E escrevo

2 comentários:

  1. Vim para agradecer sua visita e que surpresa encontro aqui... Um espaço repleto de poemas lindos,inteligentes... Apaixonante teus versos! Com certeza, virarei fã!

    Grande abraço.

    Marisa Rosa.

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  2. Fico a imaginar quem será sua Gala...

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