A lógica mercantilista da prestação dos cuidados de saúde em Portugal, nesta globalização do mercantilismo em todas as áreas do Estado, vê acrescentados mais uns factos a esta parafernália. A que se juntam alegados boicotes de privados aos beneficiários da Assistência na Doença aos Servidores do Estado (ADSE). Vem tudo pespegado na Imprensa.
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No Hospital da Mealhada, a direcção clínica demitiu-se porque a falta de pessoal qualificado inviabiliza a sustentabilidade dos serviços, perante a passividade da Administração, como diz o demissionário director clínico, Luís Teixeira.
Claro que o Provedor se mostrou “francamente surpreendido”… Não podia, aliás, ser de outra forma.
Onde é que eu já ouvi isto?!
Resultado da demissão: a urgência daquele hospital deixou de funcionar!
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A crer nas notícias, a ERS (Entidade Reguladora de Saúde) “passou um bode” a três hospitais privados – ligados a grupos financeiros – de lugares tão díspares como Lisboa (Luz), Gaia (Arrábida) e Barreiro (CUF).
Ainda a crer no que vem escrito, os beneficiários da ADSE teriam sido discriminados naqueles Hospitais, em contraponto com os que pagam as consultas por inteiro.
Claro que a ERS, como Entidade Reguladora, vai tratar-lhes da “saúde”… e anunciam-se, então, coimas mais severas na sua nova lei orgânica, que podem ir de 1500 a 44 mil euros.
Assim, sim, viva a Santa Coima! Beneficiários da ADSE, uni-vos! Vamos todos “coimar”, e acabam-se os problemas…
Onde é que eu já ouvi isto?!
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