Afinal, Sócrates está a levar a sério o puxão de orelhas dos portugueses nas “Europeias”.
E pretende transmitir uma imagem de transparência com a qual não se preocupou nunca, mesmo quando a “cabala” o atingia pessoalmente. Aí, investia, progredia em frente, afrontava, dizia-se vítima, insultava se necessário fosse.
Ao invés, agora, ele preocupa-se. Quando algo corre mal, afasta “ a suspeita de tentativa de instrumentalização”, diz que o Sr. Presidente da República tem razão… enfim…
É que, a crer nos rodapés das televisões, Sócrates e o Governo vão chumbar o negócio PT/Media Capital.
Não fora o PSD, vencedor das “Europeias”, a levantar o problema do negócio entre a PT e a Media Capital, e tudo teria seguido na paz do senhor, com a bênção do Primeiro e do seu séquito governamental.
Mas as “golden shares” têm também o outro lado. O lado lunar… É que se, por um lado, é confortável, para o poder, garantir a sua influência através das acções douradas, por outro, isso obriga à constante supervisão, quiçá prudencial, dos negócios como este de que se vem falando.
E nunca poderá o Estado eximir-se. E nunca poderá dizer que desconhecia. Até porque ninguém iria acreditar. Como não acreditamos.
Logo, a posição de José Sócrates, porventura inteligente como pretendem alguns, já nem peque por tardia. Peca porque é uma máscara, mais uma tentativa de enganar os “tugas”.
Como não acredito que o Governo desconhecesse o negócio, também não acredito que o negócio não se faça. Mas não agora!
Depois das eleições, se ganhar, como maioria relativa ou absoluta, o PS (leia-se José Sócrates) obrigará o Sr. Moniz a pagar a sua linha anti-Sócrates (leia-se anti-Governo). Por uma questão de “democracia”! Musculada, como se escreveu noutros tempos…
PS. E não me venham dizer que 30% do capital não constituem um capital que influencia as deliberações do Grupo. Mais uns pozinhos e quase é um capital de bloqueio.
O “Indiano” sabe que se farta!
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