O Benfica pretende escrever mais um capítulo na sanha de uma telenovela de contornos inconfessáveis. Mas reais.
Consta por aí nas notícias – já houve quem publicasse, até, o texto da proposta encarnada – que o SLB vai apresentar na AG da Liga Profissional de Futebol uma moção de alteração ao regime de empréstimos de jogadores.
Já todos identificámos o alvo desta alteração.
Num país em que se pensasse um futebol escorreito, com olhos de ver e com inteligência, tranquilidade, transparência, bom senso, seria aconselhável que, numa visão de futuro e de rentabilização dos efectivos mais jovens, dando-lhes hipóteses de jogar assiduamente e permitindo a sobrevivência de alguns clubes menores, se incentivasse uma política de empréstimos.
Já que o Benfica nunca foi dos mais entusiasmados defensores da participação de equipas B na segunda Liga. Se fosse, a par dos que querem crescer, esse problema já estaria resolvido.
Sem política e sem resultados desportivos, nada melhor do que “cortar as pernas” aos que investem nesta forma de rentabilização do seu património e na sustentação de uma série de clubes.
E como custa ver como alguns – Sporting e F.C.Porto – conseguem, após empréstimos de alguns jogadores jovens, reavê-los no fim do empréstimos e fazer deles figuras maiores.
Por isso, tendo em conta a esplêndida colheita da formação do Sporting, custa-me ver que os “leões” embarcaram nesta inominável tentativa de destruir, fora do campo, o património dos que ainda investem em formação e acompanhamento dos seus mais jovens.
Inveja pura!
E assim se mascara uma guerra que, pelos vistos, é a única motivação da SAD do Benfica. Eu pensei que era o futebol português e eram os resultados desportivos que deveriam motivar os dirigentes dos clubes e das sociedades desportivas.
Mas isso é para quem pode! Para quem tem objectivos claros. Para quem se preocupa.
Que tristeza!
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