domingo, 28 de junho de 2009

PEDRAS “TRANSPARENTES”

O crédito para o futebol português, que o Benfica reclama em nome da transparência, teve ontem, sábado, a primeira manifestação de massas e de intenções. Aquilo que não se consegue a bem consegue-se à pedrada. Foi na Academia do arqui-rival, decorria o minuto 25 de um jogo de futebol que decidia o campeão nacional da última etapa dos escalões de formação, os juniores. Sim, era a festa final da formação dos dois clubes. Não era um qualquer jogo da indústria da Liga!

Foi um exemplo, que a federação já terá considerado “raro”, daquilo que pode acontecer um pouco por todo o lado se o Benfica não conseguir, no campo, os seus desideratos. E, se a SAD fez o que fez para ganhar as próximas eleições, com os “inimigos” será ainda pior. De facto, nesta guerrilha de interesses inconfessáveis, os demissionários e candidatos a novo mandato mostraram que leram A Arte da Guerra, de Sun Tzu: "A vitória é o principal objectivo na guerra. Se tardar a ser alcançada, as armas embotam-se e a moral baixa."

E, dentro dessa doutrina, "(...) qualquer operação militar tem na dissimulação a sua qualidade básica...". Por isso, aquilo que poderia parecer uma animada base de apoio à equipa do Benfica tornou-se, isso sim, a estratégia do confronto: "É de suprema importância atacar a estratégia do inimigo."

Por isso, os dirigentes da SAD encarnada foram céleres a virar a opinião pública para o seu lado: de agressores a vítimas foi um ápice (“Os que ignoram as condições geográficas - montanhas e florestas - desfiladeiros perigosos, pântanos e lamaçais - não podem conduzir a marcha de um exército”) e, nesse sentido, a repetição do jogo terá de ser feita em campo neutro, dizem eles… (“As oportunidades multiplicam-se à medida que são agarradas”).

Daí não estranhar a linguagem paramilitar e quase terrorista de alguns programas da Benfica TV. Só quem não quer ver!

Só que toda a estratégia será condenada ao insucesso se o fim da guerra não for a paz, ensina Sun Tzu. E esta, manifestamente, não é!

"Se você conhece o inimigo e se conhece a si mesmo, não tem de temer o resultado de cem batalhas. Se você se conhece mas não conhece o inimigo, por cada vitória ganha sofrerá também uma derrota. Se você não conhece nem o inimigo nem a si mesmo, perderá todas as batalhas."

Que é como quem diz: cá em cima, neste norte azul e branco que ganha, a gente olha o Benfica de frente e pensa: “O que tu queres sei eu”!

1 comentário:

  1. Acabo de saber que um grupo, alegadamente dos Super Dragões, destruiu uma pastelaria em Lagoa, Algarve, quando respondia a agressões verbais de uma mesa de "No name boys".

    Sabendo como funcionam em grupo, onde estavam as autoridades? E o que estavam a fazer por ali os "No name", se o Benfica havia sido eliminado na véspera?!

    De qualquer forma e porque a violência não é apanágio só de uns, como portista assumido e com portfólio, não posso deixar de verberar estes actos gratuitos.

    Até podiam ter respondido! Mas não de forma desmedida, como tantas vezes atacamos as autoridades de o fazerem.

    ... e a pastelaria não tem culpa, convenhamos.

    As chamas da violência são fáceis de atear e "quem semeia ventos colhe tempestades".

    Agora, não pensem que ficaremos calados!

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